Marcha das Mulheres Negras tem participação do MEC

“Ê mulher. Mulheres negras.
Mulher brasileira, mulher de fibra, mulher de fé.”
Muitas eram as músicas e as palavras de ordem entoadas pelas mais de 20 mil mulheres que tomaram conta da Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira, dia 18. Apesar de toda a diversidade presente, o desejo era um só: lutar contra o racismo, a violência e pelo bem viver.
Membros da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão representaram o MEC na Marcha das Mulheres Negras. Para Barbara da Silva Rosa, da Coordenação Geral para as Relações Étnico Raciais da Secadi, a participação do MEC na marcha é simbólica, uma vez que todos lutam contra a segregação racial.
"toda a parte pedagógica, todo nosso referencial teórico que a gente coloca nas nossas ações, nas nossas políticas públicas, vem de pessoas que estão construindo aqui. De mulheres negras que tem pautado a sua vida a sua atuação profissional, a sua atuação política no combate ao racismo, no combate a violência contra a mulher e na importância da gente pegar o bem dizer, esse que é o lema da marcha. ’’
O objetivo da marcha é aglutinar o máximo de organizações de mulheres negras, assim como outras organizações do Movimento Negro, sem dispensar o apoio de organizações de mulheres e de todo tipo de organização que apoiem a equidade sociorracial e de gênero.
Perguntada sobre porque estava participando da marcha, a brasiliense Tei Silva foi enfática.
“Por ser mulher e por ser negra. E por achar que as duas coisas estão juntas e que as duas coisas não são respeitadas: nem as negras, nem as mulheres. Então nós juntamos as duas coisas mais desrespeitadas no nosso país. As mulheres e as negras. “
Estavam presentes mulheres negras de grupos sociais e religiosos, organizações, entidades e muitas pessoas que não tinham identificação com nenhum grupo.
O áudio está disponível gratuitamente para utilização das rádios.
18/11/2015 – Sonora: Josiane Canterle