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Trilhas da Educação - Um sol maior na nota da educação

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Criado em 04 de Agosto de 2016
Trilhas da Educação - Um sol maior na nota da educação
Descrição

Quando se nasce no ritmo da música é difícil perder o compasso pela vida afora. Isso é o que mostra a história do professor Roberto Stepnheson, que vamos conhecer nesta edição: um saxofonista que cresceu ao som da sanfona. 

 “Venho de uma família de músicos. Sou de Fortaleza, Ceará. O meu pai era músico, tenho um irmão que é músico, meus avós, tios, etc, família de músicos. Eu venho dessa formação popular. Eu comecei tocar com 13 anos saxofone. Antes já brincava de tocar flauta, flauta doce, pífanos, acompanhava meu pai, meu pai tocava sanfona, ficava brincando com ele. Na minha casa sempre tinha músicos, sempre tinha rodas de música.”

Mesmo com a influência familiar, Stephenson enfrentou dúvidas quanto à permanência na carreira musical. Com todas as dificuldades, foi depois de adulto que o professor conseguiu comprar seu primeiro instrumento. A conquista o motivou para permanecer nesse caminho.  

“E aí, com 18 anos, alguém me convidou, apareceu lá para trabalhar no banco. Fui. Eu até gostei, achei interessante. Nessa dúvida, né, da profissão de músico, já pensando mais lá na frente. Com três meses que eu tava no banco apareceu um saxofone, um amigo meu vendendo um saxofone. Por que até então eu não tinha instrumento, o instrumento sempre era da banda. O investimento era caro, meu pai não tinha dinheiro. E aí, eu comprei e parcelei. E aí, o que foi que aconteceu: meu salário eu pagava o instrumento. Quando eu terminei de pagar o instrumento, eu saí do banco. Aí pronto. Aí, de lá até agora, sempre na música.”

Hoje, músico profissional, ele passa adiante os aprendizados e ensina estudantes da rede pública. Stephenson, por ironia do destino, trabalha em uma instituição que também nasceu com vocação musical, o Colégio Pedro II. A história do colégio se mistura com a história do Brasil, uma vez que foi fundado em 1739 por uma ordem religiosa e se tornou Pedro II no ano de 1837, em homenagem ao Imperador do Brasil.

“E aí, quando se iniciou o Colégio Pedro II, a música já estava lá, e continuou lá e permanece até hoje.”

O Colégio Pedro II conta com 60 professores no departamento de música, coordenado por Stephenson. O trabalho desenvolvido pelo grupo serve de modelo para muitas outras escolas brasileiras e é referência no cumprimento da Lei nº 11.769/08, que determina o ensino de música nas escolas de educação básica. Por tudo isso, uma das preocupações do professor Stephenson é aprofundar as discussões sobre o assunto. 

“E aí, nessa demanda, nós educadores musicais temos que pensar o que vamos oferecer de música. Então, isso abre toda uma discussão pra música na escola, para que a gente possa também pensar e repensar o que está acontecendo em termos de educação musical.”

Para o professor, a música contribuiu não só para o trabalho em sala de aula, mas para a vida de cada estudante que passa por essa experiência.

“O coral, por exemplo, como uma prática de orquestra, como uma prática de conjunto, ela socializa as pessoas, né. E aí, esse aluno também, ele aprende com essa experiência, com essa vivência, em lidar com o outro, em escutar o outro. A música faz com que a pessoa aprenda também a escutar, né. Com a gente, na nossa vida, às vezes, a gente perde algumas coisas, por que a gente não escuta e também as pessoas não nos escutam.”

Texto : Josiane Canterle / Narração : Fernanda Mastellari / Masterização : Jeyson Gonzaga / Vinheta : Luiz Antônio

Foto : Denise Gonring - Coordenadoria de Comunicação Social Colégio Pedro II 

Categoria: Boletim
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